DE ALGUM LUGAR DO PASSADO ► Pelas mãos de Mestre Paulão, bate forte o coração da União

Jornal da União da Ilha, 1996

A bateria da União da Ilha do Governador é ´uma espécie de show à parte dentro do grande espetáculo que é o desfile das escolas de samba na Avenida Marquês de Sapucaí. Suas paradinhas e novidades a cada carnaval integram-se perfeitamente ao estilo alegre, empolgante e contagiante da escola tricolor, sem qualquer dúvida a de maior comunicação com o público na passarela. As paradas tornaram-se tradicionais e são aguardadas com expectativa a cada ano. Comandando o espetáculo, um dos mais conceituados diretores de bateria da cidade, quase uma vida inteira dedicada à União: Mestre Paulão.

Mestre Paulão nasceu Paulo Cesar Teixeira e está na escola desde sua fundação, quando era apenas um menino de 8 anos de idade. “Já fiz quase de tudo dentro da escola. Quando ela ainda era do 2º grupo e estava crescendo, ocupei diversos cargos na diretoria. Fui secretário, diretor de patrimônio e até presidente”, conta Paulão, para quem é preciso ter o ritmo correndo nas veias para conseguir tocar numa bateria. Continuar lendo DE ALGUM LUGAR DO PASSADO ► Pelas mãos de Mestre Paulão, bate forte o coração da União

DE ALGUM LUGAR DO PASSADO ► Rio-92: doze dias que poderiam ter salvado o planeta

Junho de 1992

Dia 3 de junho de 1992 – É aberta a maior reunião internacional da História: a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Os números: 178 países 114 chefes de estado, 10 mil delegados oficiais, 1.400 ONGs credenciadas e 7 mil jornalistas. Metas principais: assinaturas da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Declaração de Princípios sobre Florestas, da Convenção sobre Diversidade Biológica, da Convenção Geral sobre Alterações Climáticas e da Agenda 21, documento genérico sobre meio ambiente e desenvolvimento organizado em 40 capítulos. Na plenária inaugural, o secretário-geral da ONU, Boutros Ghali, alerta: “A Terra está doente de subdesenvolvimento e de desenvolvimento excessivo.” Continuar lendo DE ALGUM LUGAR DO PASSADO ► Rio-92: doze dias que poderiam ter salvado o planeta

DE ALGUM LUGAR DO PASSADO ► Surfistas ferroviários

Primeiro semestre de 1992

Eles são chamados de surfistas ferroviários porque, em vez das ondas, escolhem os tetos dos trens suburbanos do Rio de Janeiro como palco de suas manobras arriscadas e muitas vezes mortais. Esse impressionante “esporte”, cada vez mais popular entre jovens da periferia, provoca em média 50 mortes por ano, mortes essas que não são suficientes para intimidar seus intrépidos praticantes e torná-los sensíveis às diversas campanhas de prevenção promovidas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Segundo estudos realizados pela CBTU, os surfistas ferroviários começaram a aparecer há seis anos, dando origem a um grupo cada vez maior de pessoas que não temem o perigo de receber uma descarga elétrica de até dez mil volts. Elas têm idade entre 11 e 30 anos, são do sexo masculino (as mulheres ainda não foram iniciadas nesse “esporte”) e moram na região da Baixada Fluminense ou nos bairros dos subúrbios da cidade. Consideram-se “heróis urbanos” e alegam viajar em cima dos trens para fugir da superlotação dos vagões. Continuar lendo DE ALGUM LUGAR DO PASSADO ► Surfistas ferroviários

VIDA ► Country roads, take me home to the place I belong…

Porque entendo que todos temos nossa própria West Virginia – mesmo que em outro mundo. Afinal, o reino do Pai tem muitas moradas, lembrou nosso Irmão Maior…

Esta composição de John Denver nunca me deixa esquecer disso. Aqui, dois covers que adoro, um urbano, outro rural. Exemplos de como caminhos diferentes podem levar ao mesmo destino.

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MÚSICA ► Uma cantora: Karen

A primeira palavra que me vem à mente ao pensar em Karen Carpenter é anjo. A voz de Karen simplesmente soa divina aos meus ouvidos. Para meu gosto, talvez a mais bela voz que a música propiciou.

Mas antes de me entender como gente e ter uma percepção mais ampla e particular da vida, a primeira menção aos Carpenters me remetia a meados dos anos 1970, lá pelos meus 10 anos: minha irmã dançando a animada versão de “Please Mr. Postman” que custava a sair da vitrola nas festinhas da época. Uma bonitinha canção dos Beatles que até hoje não me chama lá muito a atenção com os garotos de Liverpool, mas que me soa contagiante com os irmãos Karen e Richard.

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