FLUMINENSE ► 25 de junho de 1995: uma epopeia em três cores

25 de junho de 1995. Maracanã. Final do octogonal decisivo do Campeonato Carioca. Fluminense 3 x 2 Flamengo. Fluminense campeão no ano do centenário do tradicional rival. A História foi escrita ali, diante de meus olhos e sob uma incrível dose de paixão e emoção.

Se você clicar na imagem acima, que abre o post, poderá assistir a uma gravação feita em S-VHS com apenas câmera central e som ambiente: a melhor narração possível para uma partida épica.

Já falei um pouco desse jogo uma vez aqui, o “Fla-Flu do Gol de Barriga”, um dos Fla-Flus que recebeu o epíteto de “maior Fla-Flu de todos os tempos” (como se pudesse haver um só…). Hoje vou me estender um pouco mais. Não sobre o jogo em si, mas sobre detalhes dos quais me recordo do ambiente e de circunstâncias que cercaram aquela mítica partida durante aquela semana, os noventa e tantos minutos de bola rolando e além.

Manchete de O Globo de 25 de junho de 1995
Manchete de O Globo de 25 de junho de 1995

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FUTEBOL ► A Cesar o que é de Cesar

Meus amigos que vestem preto e vermelho que me desculpem, mas esse mimimi todo do Clube da Ma$$a e de sua FlaPress sobre os mórbidos gritos de parte da torcida do Fluminense no último confronto entre as equipes é irritantemente hipócrita e, por conseguinte, patético.

Eu particularmente jamais chamaria o Flamengo nem clube algum de “time de assassino”, até pela incorreção de se referir ao time e não ao clube. Não é de minha índole.

Por isso nunca gritei “assassino” para Edmundo após o acidente em que se envolveu com vítima fatal – aliás, como a torcida do Flamengo gritou.

Também não zombei da trágica morte do menino-craque Dener quando este defendia o Vasco – aliás, como por acaso a torcida do Flamengo zombou, dizendo inclusive que faltava a morte de Valdir “Bigode”. Continuar lendo FUTEBOL ► A Cesar o que é de Cesar

FUTEBOL ► Fla-Flu: um “Ai, Jesus!”? Não, um vexame!

Não, não vou tripudiar sobre mais uma decisiva atuação de Marcelo de Lima Henrique pró-Flamengo. Mas caramba, como esse senhor dá sorte ao Mengão, hein? E desta vez com apenas 1’ (isso mesmo: 1min… ou 1 minuto… ou um minuto…como queiram) ele já influenciava no rumo da partida.

Mas sobre isso realmente não pretendo me alongar, até porque nada é tão pouco previsível no futebol do que uma trágica atuação de Marcelo de Lima Henrique em um clássico envolvendo o Flamengo. Coincidentemente, atuações normalmente trágicas para os adversários do Rubro-Negro. Certo, Vasco? Botafogo…? Dizem que o futebol é uma caixinha de surpresas. Bem, com Marcelo de Lima Henrique não costuma ser, não…

Enfim, acredite se quiser, mas no Fla-Flu do recente 27 de março Marcelo de Lima Henrique foi o menos pior em campo. Sério! Bem piores foram os dois bandos de supostos jogadores profissionais que envergaram (ou envergonharam?) duas tradicionais camisas do futebol brasileiro agindo como moleques e protagonizando um espetáculo absolutamente repugnante de pontapés, reclamações, valentia, macheza, malandragem e tudo mais o que se queira imaginar e que nada tenha a ver com futebol.

Futebol que, a propósito, não foi visto em campo. Continuar lendo FUTEBOL ► Fla-Flu: um “Ai, Jesus!”? Não, um vexame!

FUTEBOL ► “O Árbitro”, por Eduardo Galeano

“O árbitro é arbitrário por definição. Este é o abominável tirano que exerce sua ditadura sem oposição possível e o verdugo afetado que exerce seu poder absoluto com gestos de ópera.

Apito na boca, o árbitro sopra os ventos da fatalidade do destino e confirma ou anula os gols. Cartão na mão, levanta as cores da condenação: o amarelo, que castiga o pecador e o obriga ao arrependimento, ou o vermelho, que o manda para o exílio.

Os bandeirinhas, que ajudam, mas não mandam, olham de fora. Só o árbitro entra em campo; e com toda razão se benze ao entrar, assim que surge diante da multidão que ruge. Seu trabalho consiste em se fazer odiar.

Única unanimidade do futebol: todos o odeiam. É vaiado sempre, jamais é aplaudido.

Ninguém corre mais do que ele. É o único obrigado a correr o tempo todo. Continuar lendo…

FLUMINENSE ► O Fluminense 2016: a vantagem de ser invisível – mas pode chamar de “Só a Baixada salva o Fluminense do Levir Culpi!”

Eu estava evitando escrever sobre o Fluminense. Ando ocupado, tenho ainda pouca tolerância com o errado… Mas é o Fluminense. E são registros meus.

Querendo ou não, parte de mim, de minha vida. Então acabei até me perdendo em teclas, mais ou menos como nosso treinador em relação ao time, tentando entender o ano tricolor. Um ano estranho, mambembe, sem Maracanã, ouvindo minha princesa de 5 anos perguntar a toda hora: “Papai, quando vamos no jogo do Fluminense outra vez?”

O Fluminense fez – ou faz – quase tudo errado neste Brasileirão de 2016. Ou quase tudo para que estivesse fazendo um mau campeonato.

No início, o time era um dos apontados como favoritos para brigar em cima. Carecia de um meia (que eu, inclusive, dizia que Diego, ex-Santos, era um ótimo nome disponível – o Flamengo também achou isso…), um lateral esquerdo (Fábio Santos estava dando sopa, o Galo pegou…),. mas havia um grupo com nomes e razoável talento suficiente para conseguir algo mais do que apenas fazer figuração.

De repente, viu-se sem seus dois jogadores que poderiam fazer uma diferença a mais, que o colocavam naquele patamar acima. Direta ou indiretamente, pelas mãos do treinador Levir Culpi o Flu perdeu Diego Souza e Fred.

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