COPA DO MUNDO 2010 ► Shakira, Shakira…

Não vi a festa de abertura da Copa do Mundo realizada ontem, quinta-feira, no Soccer City, em Johanesburgo. Que me lembre, nunca reparei ou parei para assistir a esses eventos. Enfim, teve festa, discursos, música… e Shakira.

Não, jamais comprei ou penso em comprar qualquer CD de Shakira. Um DVD, um dia, quem sabe…

Mas, falando sério, a mulher é muito bacana, nunca renega a origem latina e fala um português bem correto. E tem uma sensualidade que é qualquer coisa. No quesito das cantoras que usam corpo e beleza em suas performances, na minha opinião, é a maior campeã – e que a patroa não leia este post.

Quem quiser conferir…

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COPA DO MUNDO 2010 ► Uruguai e França conseguem ficar no 0 x 0

Eu ia escrever “não saem do 0 x 0”, mas estaria cometendo um erro de interpretação. Essa frase só seria válida se houvesse uma real intenção de sair do 0 x 0. Uruguai e França não mostraram isso. Aliás, há muito não mostram. Eles procuraram o 0 x 0 – e acharam.

Dizer que a seleção do Uruguai parou no tempo, como costumamos ouvir por aí, não é bem o caso. Tivesse parado no tempo, poderia ter parado bem. O futebol uruguaio representado pela Celeste Olímpica sempre se caracterizou pela garra (às vezes exagerada) e o talento. Hoje em dia, só restou a parte da garra (cada vez mais exagerada).

Há décadas que a seleção sofre de tremenda falta de confiança, só joga atrás, esperando uma chance aqui, outra ali, para aproveitar e decidir a partida, como até podia ter conseguido hoje. Mas é pouco. Muito pouco. Esse “trauma” acentuou-se depois do massacre de que foi vítima em 1986, quando a Dinamarca (“Dinamáquina”, na época) goleou por 6 x 0. O Uruguai pode fazer melhor, por isso irrita tanto vê-lo jogar assim. Tem jogadores para fazer muito mais que isso. O resultado é que quase sempre nos Mundiais a Celeste pena para conseguir fazer um gol e frequentemente termina os jogos com jogadores a menos. Como, aliás, aconteceu naquela goleada no México. E também aconteceu há pouco, quando um botinudo de nome Lodeiro conseguiu ficar em campo apenas 14 minutos, após receber o segundo cartão amarelo, no único relevante erro do árbitro japonês Yuichi Nishimura: a entrada criminosa que Lodeiro deu sobre Sagna deveria ter recebido cartão vermelho direto, seguido de uma ordem de prisão. Mas o que esperar de um time cujo capitão é Diego Lugano?

Já da França me recuso a tecer maiores comentários. Como pode anunciar que o louco do treinador Raymond Domenech vai deixar o comando da seleção após a competição? Por que não antes? Por que não quatro anos antes? Ou mais? Um sujeito que convoca e escala influenciado até pelo horóscopo… não dá. O que ele fez para manter-se no comando? Foi o maior responsável pela perda da Copa da Alemanha (a França tinha tudo para ser campeã, principalmente após eliminar o Brasil, menos treinador)e só está na África do Sul graças à arbitragem.

E assim a França vai desperdiçando mais uma geração de bons jogadores. Incrível. A França tem produzido bons jogadores às pencas… e os coloca nas mãos de Raymond Domenech! E tome do craque Karim Benzema e do veterano líder Patrick Vieira assistirem à copa como a gente, de casa, vendo Thierry Henry e Malouda no banco e aquele jogo arrastado no campo.

O 0 x 0 foi muito para um jogo bem chato.

Jogo 2 – Grupo A – 11 junho
Cidade do Cabo – Estádio Green Point

Escalações

 URU 
FRA 
Reserva(s)
Técnicos
Oscar TABAREZ (URU)
(FRA) Raymond DOMENECH
Oficiais
  • Árbitro: Yuichi NISHIMURA (JPN)
  • Assistente 1: Toru SAGARA (JPN)
  • Assistente 2: JEONG Hae Sang (KOR)
  • Quarto árbitro: Joel AGUILAR (SLV)
  • FOF: William TORRES (SLV)

 

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COPA DO MUNDO 2010 ► Terrorismo é coisa séria, mas não dá para perder a piada

Todos sabemos que o terrorismo covarde e sanguinário é um problema terrível em nossos dias. Mas peço licença para um comentário jocoso.

O jogo Estados Unidos x Inglaterra, a ser disputado amanhã, está sendo considerado de alto risco. Não por qualquer rivalidade exacerbada entre as seleções, mas pela triste ameaça de atentado terrorista. Todo cuidado está sendo – justamente – considerado pouco em relação a esssa partida.

Aí reparo que o árbitro do jogo vai ser o nosso Carlos Eugênio Simon…
Se mantiver o padrão de suas atuações no Brasil, está concretizada a ameaça terrorista. Nem a Al Qaeda faria melhor.

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COPA DO MUNDO 2010 ► Bobeira da defesa tira vitória da África do Sul contra México na partida de abertura

Se faltou um futebol algo melhor – uma raridade nas últimas copas, principalmente em partidas inaugurais -, não faltou emoção no primeiro jogo da Copa do Mundo 2010, na África do Sul. Jogando no lindo Soccer City, em Johanesburgo, os anfitriões empataram em 1 x 1 com o México, tradicional participante desse coquetel do maior evento do futebol mundial.

Emoção marcada também pela dor, devido à tragédia que se abateu sobre a família Mandela, com a morte da bisneta do grande líder africano em acidente de carro após a festa de abertura realizada ontem.

Quanto ao jogo, como não poderia deixar de ser, o completo azarão que é a seleção da África do Sul demonstrou muito nervosismo nos primeiros 20, 30 minutos. A manhosa e experiente seleção mexicana teve total controle das ações nesse período, mas não conseguiu criar muito e desperdiçou as duas ou três boas situações de gol que teve. Já na parte final do primeiro tempo a África do Sul postava-se melhor e começava a chegar com mais frequência à área adversária.

No segundo tempo, após a conversa de vestiário com Carlos Alberto Parreira, a África do Sul voltou mais tranquila, melhor posicionada e colocando em prática o jogo que o treinador gosta: posse de bola e estocadas rápidas nos contra-ataques. O México, um país que não costuma intimidar-se diante de seus adversários, seja Brasil, Itália ou outra potência qualquer, pareceu cansar e deu uma travada. A seleção local abriu o placar aos 10′, em um lindo contra-ataque, um verdadeiro golaço do bom Tshabalala, uma execução perfeita desde a rápida troca de passes à finalização certeira, passando por um lançamento primoroso de Mphela.

Daí a África do Sul desperdiçou sucessivas oportunidades de definir a partida com o meia Modise e a seleção mexicana acabou chegando ao empate aos 34′, em uma falha infantil da defesa anfitriã. Após a cobrança de escanteio, a bola voltou espirrada para o meia Guardado, sem que aparecesse nenhum sul-africano para combatê-lo. À vontade, Guardado lançou novamente para área, onde uma errada linha de impedimento permitiu ao veterano Rafa Marquez o gol de empate. Uma falha boba: a defesa nem combateu fora da área, nem dentro, num lance em que havia mais camisas pretas em perto de seu gol do que seguidores de Mussolini durante o fascismo italiano.

No minuto final, o atacante Mphela teve a chance de dar a vitória à África do Sul, mas o contra-ataque iniciado pelo goleiro Khune terminou com um caprichoso toque da bola no pé direito da trave de Perez.

Mas valeu. Tenho visto jogos de abertura muito mais pobres. Na verdade, achei o melhorzinho desde a vitória da Bélgica sobre a Argentina em 1982 na Espanha. Agora é bola pra frente e olho na tela.

Aí embaixo um desenho legal das escalações tirado do site da Fifa.

 RSA                      1 x 1                    MEX 

 

Reserva(s)
Técnicos
Carlos Alberto PARREIRA (BRA)
(MEX) Javier AGUIRRE
Oficiais
  • Árbitro: Ravshan IRMATOV (UZB)
  • Assistente 1: Rafael ILYASOV (UZB)
  • Assistente 2: Bakhadyr KOCHKAROV (KGZ)
  • Quarto árbitro: Subkhiddin MOHD SALLEH (MAS)
  • FOF: MU Yuxin (CHN)

 

 

 

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